OCEO da fabricante de chips Advanced Micro Devices está
apostando que a Intel, líder no mercado, superestimou a disposição dos
consumidores de pagar caro por uma nova categoria de laptops de alto
preço, os ultrabooks.
Aproveitando a onda da mais dispendiosa campanha de marketing da
rival em uma década, processadores da AMD foram selecionados para alguns
modelos dos novos laptops, parte de uma onda de computadores pessoais
leves e finos com recursos como acionamento instantâneo, tornados
populares pelos tablets.
Dirigidos a consumidores médios, os laptops finos equipados com chips
AMD conhecidos pelo codinome Trinity, devem ser vendidos na faixa de
preços dos US$ 600, preço semelhante ao de muitos dos modelos mais
pesados hoje disponíveis no mercado, e bem abaixo dos valores cobrados
pelos poderosos modelos equipados com chips Intel que começam a aparecer
nas lojas.
"Parece uma oportunidade de roubar mercado, de entrar e capturar essa
grande oportunidade gerada por outra empresa", declarou Rory read,
presidente-executivo da AMD, em entrevista. "Eles não perceberam qual
era o ponto favorável do mercado".
A Intel cunhou o termo "ultrabooks" para designar laptops esbeltos e
equipados com seus processadores, dotados de componentes dispendiosos
como drives de memória solid-state e gabinetes de metais leves. A AMD,
que sempre está correndo para recuperar o atraso diante de seu
concorrente de muito maior porte, prefere designar a nova categoria como
"laptops ultrafinos".
A Hewlett-Packard na semana passada anunciou uma nova linha
"Sleekbook", com modelos finos equipados com chips tanto da Intel quanto
da AMD. As três empresas estão contando com esses modelos para
energizar as vendas de computadores, prejudicadas pela crescente
preferência por tablets.
A Intel, cujos processadores equipam 80 por cento dos computadores
mundiais, investiu US$ 300 milhões de dólares por meio de seu fundo de
investimentos, a fim de ajudar empresas menores a desenvolver
tecnologias para uso em futuros ultrabooks.
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