Tim Cook, da Apple, e Choi Gee-sung, da Samsung, foram instruídos por um
juiz federal a comparecer ao tribunal em San Francisco para resolver a
amarga disputa sobre patentes.
Documentos apresentados ao tribunal em abril afirmavam que "como o
tribunal instruiu, Apple e Samsung estão dispostas a participar" das
discussões. Em outras palavras, o diálogo não foi exatamente ideia das
empresas.
Os tribunais dos Estados Unidos vêm exigindo com cada vez mais
frequência que as partes envolvidas em disputas civis tentem mediação, e
os tribunais federais do norte da Califórnia foram pioneiros em
pressionar os litigantes a adotar formas alternativas de resolução de
disputas.
A mediação também se tornou rotina em grandes casos de propriedade
intelectual. Na semana passada, por exemplo, um juiz federal do Delaware
ordenou mediação em uma disputa de patentes entre a Apple e a HTC,
fabricante taiwanesa de celulares.
Em alguns casos, os tribunais levaram os esforços a outro nível,
forçando presidentes-executivos a tentar resolver disputas diretamente. É
o equivalente empresarial da terapia, mas no caso das empresas os dois
lados podem recorrer a equipes de advogados.
Como advogados podem perder o controle de suas emoções no calor de um
julgamento, e com isso podem terminar detestando os oponentes, recorrer a
uma pessoa com poder de decisão e cargo superior que não participe
diretamente da disputa faz sentido, disse Wayne Brazil, ex-magistrado
federal norte-americano que criou o programa alternativo de resolução de
disputas no norte da Califórnia.
Apple e Samsung, as maiores fabricantes de celulares do mundo, são
ferozes rivais, e o resultado da batalha judicial pode dar vantagens
cruciais de mercado ao vencedor. A Apple acusou a Samsung de copiar seu
iPhone e iPad, com produtos acionados pelo sistema operacional Google
Android, e a Samsung rebateu com processos em que acusa a Apple de
violação de patentes.
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